Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma. A alma é que estraga o amor. Só em Deus ela pode encontrar satisfação. Não noutra alma. Só em Deus — ou fora do mundo. As almas são incomunicáveis. Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo. Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
Há 17 anos no magistério, Maria Célia Martins Fernandes
participa com frequência de cursos para aperfeiçoar os conhecimentos e
tornar as aulas mais dinâmicas. Formada em letras, com experiência no
ensino de língua portuguesa no ensino médio, a professora de Rosário
Oeste, no centro-sul de Mato Grosso, exerce desde 2011 a função de
coordenadora pedagógica na Escola Estadual Professora Elizabet
Evangelista Pereira.
Maria Célia tem participado de cursos promovidos pelo
Centro de Formação dos Profissionais da Educação Básica (Cefapro) de
Diamantino (MT), principalmente aqueles relacionados ao uso de novas
tecnologias. “Os avanços tecnológicos são muitos, e nós, professores,
precisamos estar atualizados”, diz a professora, que já concluiu, entre
outros, os cursos de tecnologia na educação: ensinando e aprendendo com
as tecnologias da informação e comunicação (Tics) e de elaboração de
projetos (Pitec) do Programa Nacional de Formação Continuada em
Tecnologia Educacional (ProInfo Integrado) do Ministério da Educação.
Os avanços tecnológicos são muitos, e nós, professores, precisamos estar atualizados
Maria Célia Martins Fernandes
professora
“Como estou na coordenação pedagógica, tenho usado esses
conhecimentos também para a formação dos profissionais da minha escola”
diz Maria Célia. Segundo ela, vários recursos estavam disponíveis, mas
eram pouco aproveitados. A partir das aulas sobre o uso das tecnologias e
do incentivo para que fossem adotadas por todos, o agendamento
tornou-se uma necessidade.
De acordo com Maria Célia, que tem pós-graduação em
mídias na educação e em ensino de língua portuguesa e literatura, os
cursos ajudam os professores a desenvolver metodologias inovadoras e até
a dar suporte aos alunos que dele necessitem na preparação de
trabalhos. “Esses conhecimentos servem para melhorar a qualidade das
aulas e também o aprendizado dos alunos”, destaca a professora, que
cursa especialização em coordenação pedagógica. Ela diz que as aulas
ficaram mais atrativas e houve melhora na aprendizagem. “Aqueles alunos
que não demonstravam interesse passaram a trabalhar mais em grupo, a
pesquisar e a ter mais participação nas aulas”, diz. “Faltava, na
realidade, a capacitação dos professores, e isso foi suprido com os
cursos oferecidos.”
Demanda Responsável pelos cursos do ProInfo Integrado no Cefapro
de Diamantino, o professor Osvaldo Rodrigues de Sousa adianta que a
procura pelas aulas, ministradas a distância, é grande. Elas são
oferecidas a todos os profissionais envolvidos com a construção do
conhecimento e não apenas aos professores. “Em razão disso, temos um
planejamento anual de formação, pois não conseguimos atender toda a
demanda”, revela. Há 23 anos no magistério, Osvaldo tem licenciatura em
letras e pós-graduação em informática na educação.
Além de Diamantino, outros 11 municípios de Mato Grosso
têm unidades do Cefapro, o que facilita a formação descentralizada, mais
próxima do local de trabalho do professor. Criados pela secretaria
estadual de educação, em 1997, os Cefapros contam com salas de aulas,
biblioteca, midiateca, acervo de fitas gravadas da TV Escola, microcomputadores, equipamentos audiovisuais e professores especialistas. “Nesses centros
trabalham professores formadores de cada área do conhecimento bem como
de áreas especificas, como educação indígena, educação do campo e
educação especial”, explica Josimar Miranda Ferreira, coordenadora de
formação e avaliação dos Cefapros.
Esses professores desenvolvem diversas ações de formação
continuada, sejam específicas da política estadual, como o projeto Sala
de Educador, executado pelas escolas da rede estadual de ensino sob
acompanhamento e orientação dos Cefapros, sejam propostas pelo governo
federal, como os programas Proinfo Integrado e Proinfantil e o Pacto
Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. O conteúdo dos cursos de
formação é definido com as escolas, de modo a atender as
particularidades de cada uma.